sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Do ano que passou.


Quando um ano se inicia, todas as nossas esperanças, sonhos e metas se renovam, como se o mesmo não fosse uma continuidade do que acabou de terminar. É sempre uma nova fase, um recomeço. E nossas expectativas são sempre as melhores, mesmo que sendo às escuras. Nunca poderemos prever o que está por vir. Um amor? Um emprego? Um pé na bunda? Loteria? Viagens? Cachorro? Casamento? Só Deus sabe nosso caminho.

Desejei pro meu 2011 um novo amor, terminar a faculdade em julho, me mudar pra São Paulo ou Belo Horizonte em agosto, arrumar um emprego bacana, começar cursos, virar gente grande. O que me aconteceu? Pé na bunda, doenças não previstas, sentimentos confusos, não conclusão do curso em julho, voltar pra casa dos meus pais. Não chegou nem perto do planejado/desejado. E quer saber? Mesmo sendo um ano TERRÍVEL, foi um dos mais importantes pro meu crescimento. Descobri quem são meus amigos, passei por verdadeiras provações, tracei metas fáceis de atingir que se transformaram num caminho árduo, conheci pessoas generosas que me ajudaram nesse caminho árduo, percebi que o tempo é mesmo o melhor remédio e que paciência e dedicação são a chave pro sucesso.

Pra 2012 eu só desejo uma coisa: TRÉGUA. Trégua de doença, pensamentos ruins, má sorte! EU QUERO A SORTE DE UM AMOR TRANQUILO, COM SABOR DE FRUTA MORDIDA. E que esse amor seja pela VIDA!
Feliz 2012 pra todo mundo! Que seja doce!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Das despedidas.

Quando eu tinha 18 anos, entrei para a universidade. A alegria foi tamanha, apesar de ser muito longe de casa. Mas, eu estava aberta a isso, aberta ao novo, ao inesperado. E assim, veio a primeira despedida. Da família, do namorado, dos amigos, da casa, do quarto, da cama, da TV.

Pouco tempo depois, tive de me despedir de três pessoas amadas que resolveram deixar esse mundo e olhar por nós lá de cima. Esse ano foi difícil... tem que ter muito equilíbrio emocional pra entender que nunca mais vamos ver aqueles que amamos. Essa é a pior despedida.

As coisas foram se ajeitando, a ‘step-family’ de Ouro Preto foi suprindo a ausência da família de sangue, a vida voltou a ser doce. Encontrei almas-gêmeas que a vida não permitiu escaparem de mim! Foram (e são) as minhas estrelas! Carrego comigo, em mim. E chegou a vez de me despedir dessas estrelas. Eu tinha que ir pro mundo, tinha que me aventurar pra me entender, me conhecer. E fui. Mais uma despedida que doeu. Porque, quando eu voltasse, eu não teria mais dentro da minha segunda casa aquelas com quem eu dividia minha vida, minhas coisas, minhas risadas, minhas carências. Não teria os filmes, os cafés, as músicas, as encheções de saco, os almoços de domingo às 6 da tarde, missas, loucuras, aquela cumplicidade, o carinho, o amor, o cuidado, o mimo e os sorrisos. Elas iriam embora antes que eu pudesse estar aqui. Talvez, tenha sido melhor. Sou eu que vou embora dos lugares, não os outros. Sou eu que recomeço.

Fui pro mundo feliz e leve... com sede de conhecimento, crescimento e liberdade. Pois, me tornei mais sábia, mais madura e mais livre. Exatamente como eu queria. Mas, eu não queria voltar. Queria pra mim aquela vida e queria que fosse pra sempre. Aí, veio a reflexão e eu percebi que tinha pendências aqui. Acadêmicas e pessoais. Minha vida, de fato, era aqui. (In)felizmente. Deixei pra trás tudo o que tinha me feito mais feliz na vida toda e voltei com a cara e a coragem. Dei aquele ‘adeus’ não querendo dar. Entrei naquele avião querendo ficar. A diferença dessa despedida para as outras é que eu não estava partindo ao novo, ao inédito. Eu estava voltando pra uma vida que eu não sabia se queria mais. E eu chorei. Chorei por semanas. Fiquei sem comer até a gastrite me consumir.

Mas, o que eu não sabia é que havia o novo. Havia pessoas novas com quem morar e tentar conquistar tudo aquilo que eu tinha antes. Havia uma turma nova na universidade. Havia professores novos. Havia novos amigos a se fazer. E o tempo curou. A liberdade falou tão alto que quase gritou! E eu fiz tudo o que eu quis. Encontrei pessoas com quem pude contar quando órfã das minhas estrelas. Encontrei o colo, o abraço, a amizade, o amor e tudo mais!

Acabei prolongando a estadia, mas as coisas não ficaram mais fáceis. Elas pioraram. Ficaram pesadas, exaustivas, nocivas à minha saúde física e mental. Tentei lutar contra isso, mas o corpo não agüenta tanta pressão, não é mesmo? E o meu desabou. Desabou e chorou. Por dentro e por fora. Não é fácil conviver com uma coisa a sua vida toda e todos só entenderem e respeitarem depois que chegamos ao nosso limite. E foi isso que aconteceu comigo.

E lá se aproxima mais uma despedida. 5 dias. Espero que meu coração agüente, pois carrego comigo pessoas que se tornaram essenciais, não importa o que tenha acontecido ou o que aconteça!



Obrigada, DIFERENÇA!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Merecimento.



Havia tempo que procurava um cartão de aniversário que ganhei de um namorado que tive há algum tempo. Achei que tinha deixado na casa dos meus pais e que minha mãe havia jogado fora. Só que hoje eu senti que o cartão estava aqui pertinho de mim. Subi no banco e peguei uma caixinha que guardo o que sobrou de ‘bom’ de um outro namoro e um envelope amarelo enorme que um amigo muito querido me mandou com um presente de Natal em 2008. Dentro desse envelope tinha a carta do meu amigo, uma caixinha com o cartão de Natal e um envelope prateado muito familiar. Era o cartão que eu procurava! Pela primeira vez, fui forte e não quis chorar quando li aquelas palavras que, espero, soaram sinceras aos meus olhos.

Vocês devem estar pensando: ‘Que diabos essa menina ainda fuça nas coisas do ex-namorado?’... Também não sei. Só sei que, às vezes, vejo nossas fotos e não consigo pensar que foi em vão, que só aconteceu pra mim. Sim, eu tenho saudade. Fora do comum. Tem horas que eu o odeio. Tem horas que eu tenho uma vontade louca de voltar ao passado, sair correndo pra encontrá-lo e ouvir declarações, colher aqueles sorrisos, olhares, beijos e abraços. Como pode isso? E, no final das contas, o que eu preciso é que ele me olhe nos olhos e diga: ‘Eu te amei demais e o que a gente teve foi único e especial! Pode viver sua vida em paz agora!’... só isso. Pena que não vai acontecer... o orgulho dele não deixa!

Anyway, o ponto que quero chegar é outro e não o ex-namorado. Eu tô cansada de não acertar. Porque eu me esforço, me dedico, me entrego, me cuido, faço tudo o que está a meu alcance. Será que o erro está aí? Será que essa preocupação afasta as pessoas? Desde quando o ser humano ficou arredio e masoquista? O que faz as pessoas não quererem um envolvimento, um amor, um carinho, risadas, cumplicidade, um sexo bacana? Isso tudo junto não precisa ser um COMPROMISSO. Pode ser só uma coisa bacana entre duas pessoas que se interessam uma pela outra. Né? Parece que as pessoas perderam os sentimentos que moviam o mundo pro que há de melhor (amor, carinho, amizade, respeito...) e viraram máquinas auto-suficientes. E desde quando é ruim receber ligações inesperadas, mensagens de madrugada, acordar com beijos e carinhos ou com alguém zelando pelo seu sono, passear por aí de mãos dadas, fazer planos, rir da idiotice que o outro falou, ver aquele filme bacana, fazer um jantar enquanto se recebe beijos no pescoço, tomar um vinho ouvindo aquele CD preferido, ir naquele restaurante simples numa noite qualquer só pra escapar da rotina, tomar sorvete, viajar pra fugir do stress do mundo, ouvir um elogio inesperado ou esperado, enrolar eternos minutos pra se despedir na estação de trem ou no ponto de ônibus, olhar no fundo dos olhos e saber que é tudo verdade e não um sonho? QUEM É O MALUCO QUE NÃO QUER ISSO? COMO PODE? Entende minha indignação?

Tenho PAVOR de estar sozinha. Faz tanto tempo que estou assim e não consigo mais lidar com o vazio que me dá quando me dou conta da solidão que sinto. Quero alguém que pense em mim quando acorda. Sim, eu quero um AMOR com maiúsculas! Será que é exigir demais de Deus e do mundo? Só quero me sentir leve de novo, com as tais borboletas em meu estômago já prejudicado pela gastrite nervosa que alguns me deram. Eu acredito, sinceramente, em meu merecimento!

segunda-feira, 28 de março de 2011

A tão sonhada felicidade!



A gente passa tanto tempo procurando por uma coisinha simples e prática (sim, prática) chamada FELICIDADE. Quem nunca viu amor ou sucesso ou esperança onde não tinha? Ou ainda futuro? Não que isso seja errado. Sonhar é o que nos move. O grande problema é que tudo isso sempre envolve mais de uma pessoa, e cada um é um. Não podemos controlar o que os outros sentem ou pensam ou a forma como agem. O que é importante pra mim hoje, não é amanhã. E isso tudo porque a roda viva não pára de girar um segundo sequer. Quem não se segura, dança.

O segredo é um só: NÃO PERSEGUI-LA. Não, não vá atrás. A felicidade acontece o tempo todo nas pequenas coisas, nos momentos mais descontraídos da vida, nos telefonemas-surpresa, naquela mensagem de saudade ou naquela música que nos faz lembrar de alguém especial, naquele filme antigo de comédia inocente, na risada de doer a barriga, no olhar trocado, num feijão com arroz de mãe, numa cerveja gelada com os amigos nas sextas-feiras, nas conquistas, na cumplicidade, na alegria do cachorro quando chegamos em casa, numa foto fora de foco e espontânea daquele clube da Luluzinha, na roupa nova... em tudo aquilo que nos arranca um sorriso, seja ele na boca, seja ele na alma!

Eu encontrei minha felicidade diária. E você, já encontrou a sua?

[trilha sonora sugerida: Jamie Cullum - All at sea/ http://youtu.be/QDSH0UV-8-g]

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

About not giving up. [a letter from far away]




Hi.

We didn’t get the chance to say goodbye. I know. I tried my best, even harder than you think, but I couldn’t! I thought about showing up at your place, not caring about what your best friend would say when he found out about us. But, it was better like this. No ‘goodbyes’, no hugs, no kisses or tears. Just your e-mail and my call. Enough? Probably not. But, things happen for a reason. Right? Not always good ones, not always the way we want. That’s life. We have to deal with it.

But, I still can’t deal with the fact that we’re not together anymore for this stupid reason! I’m sure that he won’t mind if you tell him the truth! Tell him we couldn’t help it and it was stronger than us! Because, that’s the truth! When two people feel attracted and are able to look deep into their eyes with no fear, they can’t help getting involved!

What am I gonna do when I listen to our favorite songs? Or drink wine? Or even watch those movies you told me to? What am I gonna do when I wake up in the morning and you are my first thought? Or when you’re my last? I know it is too soon to feel and think about all those things, but you are so amazing, cute, sweet… and you don’t feel ashamed about the pathetic things you do, like and tell. You’re so true, so honest. You’re so ME!

Soon, we’ll meet again. There’s still so many things I want to say to you. So many questions to ask. Forgive me if I behave inappropriately. It’s only because I didn’t feel those butterflies anymore and you brought it back to me! Goosebumps! Happy thoughts! And hope. I believe: THERE IS ALWAYS HOPE!


Love, me.